Corpo sem cabeça: O tipógrafo-editor e a Petalógica

Autor: Bruno Guimarães Martins

Síntese: É um fato reconhecido que a tecnologia do impresso se instala tarde no Brasil. Relaciona- se frequentemente esta chegada tardia da imprensa ao atraso do letramento que adentrara o século XXI mantendo altos índices de analfabetismo que ainda continuam a caracterizar o país. Poucos conhecem a fascinante história de Francisco de Paula Brito (1809-1861), editor pioneiro do Brasil Império, que além de livros e jornais como A Mulher do Simplício (1832) e A Marmota na Corte (1849) implantou uma cultura letrada através de uma viva produção de anúncios, folhas, santinhos, estampas, marmotas e pasquins que inauguraram se não uma esfera pública, certamente um ambiente de impressos propício à circulação de frases e textos com a desenvoltura da comunicação oral. A livraria de Paula Brito foi o berço da polêmica Sociedade Petalógica que sob o mote “contrariar os mentirosos, mentindo-lhes” semeou um debate público cético e jocoso de inédita liberdade. A partir de uma perspectiva de história material da mídia, Corpo sem Cabeça faz uma análise aguda e importante do momento de inauguração de um espaço “letrado”, advindo da intersecção entre o sistema oral fortemente consolidado e as possibilidades de uma nova dinâmica gráfica que, alavancada pelo avanço da tipografia, demarcam o lugar e a particularidade do literário na instalação e no desenvolvimento da imprensa no Brasil.

Editora: Editora UFMG


Desigualdades, Relações de Gêneros e Estudo de Jornalismo

Autores: Leonel Aguiar, Monica Martinez e Marcos Paulo da Silva

Síntese: Composto por 24 capítulos, o e-book Desigualdades, Relações de Gênero e Estudos de Jornalismo resulta de uma chamada para seleção de trabalhos feito pelo Grupo de Pesquisa em Teorias do Jornalismo da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e está alinhado com o tema do 41o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que ocorreu em Joinville, Santa Catarina, em setembro de 2018. O objetivo deste dossiê, produzido por 46 pesquisadoras e 12 pesquisadores, foi congregar reflexões e contribuições a respeito da interlocução das questões das relações de gênero com os estudos teóricos do jornalismo. A perspectiva teórica desta publicação parte do princípio de que as desigualdades sociais – econômicas, étnicas, geopolíticas e, especialmente, de relações de gênero, tema do dossiê – tencionam e se manifestam no jornalismo de modo muito mais complexo do que as mazelas que cotidianamente são apresentadas (e representadas) nas pautas noticiosas. Entende-se que esta é uma questão ontológica para o campo jornalístico. As desigualdades estão na organização da esfera profissional, nas linguagens constitutivas da prática jornalística, nas características estético-expressivas e ético-políticas do modo particular de narração dos fatos pelas notícias e por outros formatos jornalísticos. Em um sentido mais amplo, a desigualdade remete à ideia de dessemelhança, diferença; em última instância, ao universo da alteridade, condição sine qua non na democracia, desde que respeitada, para o desenvolvimento de uma sociedade dialógica e tolerante. Por seu turno, a ideia de relações de gênero, como conceito e/ou noção, remete a diferentes interpretações no terreno das teorias sociais.

Editora: Insular


Deus foi dormir: histórias de vida da favela Cidade de Deus

Autor: Iago Porfírio

Síntese: O livro é resultado do Projeto Experimental de conclusão do curso de Comunicação Social/Habilitação em Jornalismo na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O trabalho teve como foco de abordagem a violação dos Direitos Humanos fundamentais dos moradores da Cidade de Deus, em Campo Grande (MS). O livro é composto por prefácio, prológo e por nove capítulos divididos em três partes. Na primeira parte, estão construídos os capítulos que narram o processo de formação da favela. A segunda parte do livro-reportagem trata do cotidiano da Cidade de Deus e o que compõe a sua estrutura física e comunitária, além das histórias dos dramas humanos vividos. Por fim, a última parte procura abordar o processo de remoção dos moradores, assim como a situação atual e criação de outras favelas inabitáveis a partir da Cidade de Deus.

Editora: Edições Terceira Via


Elas Amam o que Fazem: Perfis de Mulheres Jornalistas

Autora: Renata Carraro

Síntese: Elas amam o que fazem: perfis de mulheres jornalistas é o terceiro livro do projeto“Jornalistando”, organizado por Renata Carraro, junto com seus alunos do sexto semestredo curso de Jornalismo das Faculdades Rio Branco. Quinze mulheres, jornalistas, em diferentes momentos da profissão – como Eliane Brum, Regiane Ritter e Adriana Carranca – são perfiladas por outras meninas e meninos no início de suas carreiras como jornalistas. Os perfis, da forma como foram escritos, apresentam esforços que culminam no encontro e na troca entre repórteres e perfiladas e na prática da alteridade entre ambos.Elas amam o que fazem sucede Não é aventura, é reportagem: jornalistas e cobertura de conflitos (In House, 2013) e Jornalismos: histórias de uma arte plural (In House, 2015), que juntos, os três livros, já publicaram mais de 40 perfis de jornalistas de diferentes veículos e áreas de atuação.

Editora: In House


Epistemologias do Telejornalismo Brasileiro

Autores: Iluska Coutinho, Carlida Emerim e Cristiane Finger

Síntese: Sétimo volume da coleção Jornalismo Audiovisual (Insular) o livro Epistemologias do Telejornalismo Brasileiro está estruturado em três seções: O telejornalismo como campo social e de pesquisa; Olhares e escutas: métodos para experimentar o telejornalismo; Práticas, o saber fazer do jornalismo audiovisual. Ao todo são 22 capítulos assinados por um coletivo de 33 doutores, em que desenvolvem suas pesquisas em 15 estados, com representação de todas as regiões brasileiras: Sul (09); Sudeste (11); Centro-Oeste (5); Nordeste (6); Norte (1). Os autores são professores e pesquisadores de 22 instituições de ensino diferentes, o que torna nossa produção também plural, representativa de diferentes localidades e saberes. A organização da obra, uma produção dos pesquisadores do GP Telejornalismo da Intercom e da rede TELEJOR é assinada por Cárlida Emerim, Cristiane Finger e Iluska Coutinho.

Editora: Insular


Estilo SBT de comunicar: análise de programas de auditório

Autores: João Paulo Hergesel e Rogério Ferraraz

Síntese: Este livro apresenta uma compilação de estudos iniciais sobre narrativas audiovisuais que se configuram em alguns programas de auditório do SBT. Inicialmente, observa-se como o programa Eliana, por meio de iluminação efusiva e música acelerada, compõe o quadro Rola ou Enrola?. Em seguida, verifica-se como o Domingo Legal, mediante a movimentação de câmeras e os enquadramentos fora do padrão, confecciona o quadro Passa ou Repassa. Por fim, examina-se como o Máquina da Fama, por intermédio da montagem e dos diálogos, modela o quadro Desafio da Máquina. Ao propor tais análises, os capítulos deste livro buscam demonstrar a relevância da Narratologia e da Estilística aplicadas à área de Comunicação, sobretudo no campo dos estudos televisivos.

Editora: Jogo de Palavras


Estudando Cultura e Comunicação com Mídias Sociais

Autores: Tarcizio Silva, Jaqueline Buckstegge e Pedro Rogedo

Síntese: Esta obra reúne 20 capítulos inéditos de pesquisadores de diferentes níveis de formação Comunicação e Ciências Sociais Aplicadas debruçados sobre métodos e casos de estudo de cultura e comunicação através de dados e informações qualitativas, quantitativas ou mistas provenientes de mídias sociais. A publicação foi composta através de chamada de trabalhos voltada a alunos, professores e parceiros de pesquisa do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados. Os capítulos formam narrativa em torno de quatro grandes guarda-chuvas de interseção entre temas/métodos e estudos de mídias sociais: Aspectos Metodológicos; Identidades e Relações Étnico-Raciais; Governo e Política; e Aplicações de Mercado.

Editora: IBPAD – Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados


Eterno inverno

Autores: João Paulo Hergesel e Érica de Oliveira

Síntese: Nada se compara à sensação de sair de casa e sentir o vento gelado da manhã nos envolver em um abraço interminável. Jaquetas de couro e casacos de moletom nos esquentam por fora; xícaras de café e de chocolate quente nos aquecem por dentro; mas são as relações de afeto que nos acalentam intimamente, durante as semanas frias de uma estação enevoada. Nesta antologia, escritoras e escritores de Língua Portuguesa a narram – seja em prosa, seja em verso – suas experiências hibernais.

Editora: Jogo de Palavra


Ficção Seriada: estudos e pesquisas

Autores: Fernanda Castilho e Ligia Prezia Lemos

Síntese: O primeiro e-book do Grupo de Pesquisa Ficção Seriada da Intercom propõe a reunião de textos apresentados pelos pesquisadores da área durante o 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado em Curitiba em 2017. Os textos foram elencados a partir dos quatro eixos temáticos debatidos durante o congresso: Conteúdos e Formatos; Ficção Transmídia e Fãs; Representações, Consumo e Identidades; Ficção Televisiva e Memória.

Editora: Jogo de Palavras


Game Show: os formatos interativos para TV digital e novas mídias

Autor: Bruno Rogério Tavares

Síntese: O presente estudo apresenta teoricamente o conceito de game show interativo, tendo por referência o novo ambiente de TV digital no Brasil. Para tanto, o método empregado para desenvolver esta pesquisa foi o qualitativo, sendo utilizadas as técnicas de pesquisa bibliográfica, análise documental e pesquisa exploratória. O ponto de partida para tal estudo foi a criação e desenvolvimento do gênero nos Estados Unidos da América – local onde teve seu auge, seu declínio e seu ressurgimento quando entra em funcionamento a TV por assinatura. O formato é exportado para vários países, inclusive o Brasil, e dele vislumbram-se várias possibilidades de reformulação a partir do uso das novas tecnologias. Há um novo panorama de construção de conteúdos que foi aberto com as possibilidades da TV digital interativa, e este estudo visa a apontar o game show como potencial formato para uso exploratório das possibilidades de interatividade.

Editora: Biografia